Contra-Cidades: Narrativas de Instabilidade

Algumas cidades sulamericanas se estabeleceram sob uma lógica predatória de mundo que leva a múltiplas escalas de alienação. É onde muitas vezes se perde a agência do corpo, do espaço, da história, da memória. Entretanto existem as experiências que conseguem vazar o campo das hegemonias, desconstruir o consenso e a lógica pré-estabelecida de cidade. Pontos de instabilidade que criam outras políticas, outras imaginários. Observando atentamente as fotografias da Agência de Comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte, busco organizar narrativas fotográficas que perturbam o que conhecemos como a história urbana. Os gestos que romperam e rompem o consenso. Em um exercício de pensar a política das imagens, na confluência de tempos e espaços, a memória. Adentro dos escombros da realidade para colocar em movimento no presente, os pequenos traços de luz do passado gravados em superfícies fotossensíveis.